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“Eu não sabia o que ia acontecer, mas falei: ‘Algo de bom tem que sair disso’. E comecei a ligar para os amigos”. Assim nasceu “Pausa”, EP de Ricky Martin cheio de colaborações, do veterano Sting à sensação Bad Bunny.
O ex-Menudo de 48 anos está isolado em Los Angeles com a família. Ele consegue trabalhar de casa, mas, quando a pandemia começou, tinha canções não finalizadas e muita ansiedade.
As conversas com colegas foram desabafos: “Queria saber se eles estavam bem e também contar para eles que eu estava nervoso,” diz Ricky em entrevista por videoconferência a jornalistas brasileiros.
Ele acabou descobrindo que o isolamento está deixando os colegas abertos a parcerias: “Todo mundo para quem eu liguei falou: ‘Estou pronto para o que você quiser'”. Sting até quis cantar em espanhol.
Além de Sting (“Simple”) e Bad Bunny com Residente (“Cántalo”), o EP tem o espanhol Diego el Cigala (“”Quiéreme”), o portorriquenho Pedro Capó (“Cae de Una”) e a mexicana Carla Morrison (“Recuerdo”).
“Pausa” tem um clima suave e faz parte de um duo de EPs, que será completo com “Play”, mais agitado, ainda sem data certa. Os dois juntos formam o que seria o 11º disco de estúdio de Ricky.
“Simple” tem vocalizações, ecos e um tom filosófico que é a cara de Sting. Mas tem o romantismo de sempre para o fã-clube em “Recuerdo”. “Tiburones” é uma balada convencional com letra política.