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Pretinho da Serrinha toca há 31 anos. Ele diz já ter vivido momentos “brabos”, mas nunca viu uma situação parecida com a que a música, assim como outros setores da cultura, está passando nesta pandemia do coronavírus.
O mercado de shows foi o primeiro a parar e deve ser um dos últimos a voltar a funcionar normalmente. Com isso, músicos, produtores, roadies, técnicos, toda a cadeia de profissionais da música está comprometida.
Compositor de sucessos como “Burguesinha”, “Felicidade”, “Mina do Condomínio”, “Aliança” e “Reza”, Pretinho também se dedica a produção. Para ele, se vivesse só dos shows “estaria muito ferrado” neste momento.
“É uma coisa inédita que ninguém sabe como lidar e não tem jeito a galera está passando fome. Não adianta amenizar”, diz o músico carioca ao G1, por telefone.
Pretinho está passando a quarentena em casa no Rio, com a cantora paulista Rachell Luz. Graças ao equipamento da namorada, eles conseguiram improvisar um estúdio e estão produzindo algumas coisas de casa, inclusive a música “Tudo Vai Passar”, lançada por Rachell na metade de maio.
Pensando em alternativas para amenizar de alguma forma a situação da banda que o acompanha, Pretinho doou cestas básicas para equipe de 15 pessoas, entre músicos, técnicos e produtores.
A ideia foi ganhando corpo e apoiadores e, em dois meses, o projeto chamado Cesta Somlidária conseguiu distribuir cerca de 250 cestas básicas para outros músicos, profissionais da técnica e produtores.
Na entrevista, ele explica melhor a iniciativa, fala da dificuldade dos músicos em guardar dinheiro e da estranheza com as lives.