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Diferente do fluxo frenético de lançamentos do mercado, Iza é mais comedida quando o assunto é colocar música na rua por dois motivos: o jeito que ela consome música e apego às suas canções.
“Não vejo nada de errado em lançar músicas de dois em dois meses, três em três meses, mas fico meio assim de falar para as pessoas ‘Para de ouvir aquela que acabei de lançar e escuta essa aqui'”.
“Eu não consumo música assim, estou até hoje ouvindo música dos anos 70, músicas antigas, sabe? Lanço da forma como me relaciono com ela e consumo de uma forma mais devagar”.
O outro motivo está mais ligado a uma espécie de proteção: “Meu ritmo é outro, porque eu sou muito apegada às minhas músicas”.
“Às vezes, demoro mais a lançar porque estou amadurecendo aqui no meu ouvido e quando colocar na rua, sei que não tem mais volta, então eu preciso estar 100% na certeza de que aquilo é o que eu tenho que fazer mesmo”.
Iza parece estar exatamente nesse momento de produção do segundo álbum da carreira.
A data de lançamento e o nome ainda não foram divulgados, mas de 2021 não passa, segundo a assessoria da cantora.
O primeiro álbum, “Dona de Mim”, foi lançado em 2018, impulsionado pelo sucesso de “Pesadão”, hit com Marcelo Falcão do ano anterior.
Pop, soul e R&B estavam presentes no disco que não era só uma coisa ou outra, tinha os gêneros misturados ao longo das faixas. Três anos demais, eles vão continuar no repertório, mas com novidades.
“Vai ter dancehall, reggae, trap e hip hop e R&B também, mas não necessariamente aquela coisa clássica de R&B. Com certeza, vai estar tudo misturado”, explica.
“Tem de tudo, que nem ‘Dona de Mim”, que tinha música para dançar, para refletir… Acho que tem vários momentos no álbum e isso é o que o torna interessante, provocar emoções diferentes na gente”.
No campo das referências, Iza diz que tem ouvido bastante Luccas Carlos, Natiruts, a cantora britânica Bree Runway e a americana Victória Monét nos últimos meses.
“Tenho ouvido muito R&B e trap nesses dias. Não é uma coisa que escuto desde criança, mas com certeza tenho escutado mais pensando no álbum”, completa.
Por falar em infância, “Gueto”, o single de abertura do novo trabalho, resgata as origens de Iza em Olaria, Zona Norte do Rio de Janeiro. O objetivo da cantora é inspirar outras pessoas.
“Quero que as pessoas se sintam orgulhosas de serem quem são'”, defende a cantora que foi eleita como uma das líderes da nova geração pela revista americana ‘Time’.
Ela diz que a música é a “pontinha do iceberg” do que vem por aí no 2º álbum.
Iza se mostra animada com o que está sendo feito pelo time de produtores, Sérgio Santos, Ruxell e Pablo Bispo, mas também com os bastidores e a troca até o produto final.
“Ao longo da pandemia, entendi que é muito importante o processo. Entregar o trabalho não é o mais importante, essa criação, as idas e vindas, as ideias… Têm beleza nisso tudo. Amadureci muito, criativamente falando”.
“É um álbum muito inventivo da minha parte, a gente tem experimentado bastante”, diz. “Sei que estou muito feliz, [o álbum] tem a minha cara e sei que tem a cara de Gueto”.