Preencha os campos abaixo para submeter seu pedido de música:
O forró é o ritmo mais usado em jingles de candidatos a prefeitos em capitais do Brasil em 2020. O G1 ouviu as músicas que divulgam as campanhas e encontrou o ritmo que predomina em cada cidade (veja mapa e vídeo abaixo).
Além deste mapa, o G1 também contou a história do jingle genérico que se espalhou pelo interior e da onda de versões de hits em 2020. Ouça tudo acima no podcast G1 Ouviu.
Dos 316 candidatos, 181 haviam divulgado jingles nas redes sociais até o final de outubro. Dessas, 55 faixas são de forró, de longe o ritmo mais tocado. Em seguida entres os mais comuns vêm pop (19), sertanejo (14), samba (11), funk (13), axé (13) e brega (12). Mas a distribuição por cidade varia:
O predomínio forrozeiro é inegável. Há uma fórmula: a música começa triste, só com uma sanfoninha chorando e o cantor lembrando dos problemas da cidade. Depois entram outros instrumentos alegres com a esperança trazida por tal candidato.
Mas há adaptações a esse modelo: o momento da festa pode ser com a batida eletrônica da pisadinha, variação do forró mais comum no interior, mas que já domina nas capitais Palmas e Macapá.
Há ritmos muito identificados com determinadas cidades. O samba comanda o Rio, mas não aparece tanto fora da cidade – e, quando surge, é misturado a outros ritmos.
O brega, seja em arranjos de brega-pop ou mais eletrônicos, do tecnobrega das festas de aparelhagem, é a escolha mais comum em Belém. Outro estilo eletrônico com predomínio regional é o brega-funk em Recife.
Em Salvador, cinco dos sete jingles analisados são de pagodão. Curiosamente, os arranjos típicos da axé music que foram sinônimo de festa no Brasil nos anos 90 e 00 ressoam mais fora da Bahia – e até lideram na capital vizinha, Aracaju.
O sertanejo é estilo mais presente no Centro-Oeste, e está em 1º no ranking de Goiânia e Campo Grande.
Há resultados curiosos, como a liderança do rap em Belo Horizonte e do funk em Curitiba. Essas cidades tiveram poucos jingles divulgados até a data do levantamento, o que pode ter ajudado na “zebra”.
E, apesar do predomínio dos ritmos brasileiros, no Sul e no Sudeste também foram comuns – e até dominantes em São Paulo, Porto Alegre, Vitória e Florianópolis – arranjos de pop-rock genérico.
Nas maiores capitais, principalmente São Paulo, há vários jingles que misturam vários ritmos. Nestes casos, o G1 tentou identificar o gênero predominante na música.