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Xand Avião prepara live de São João e lamenta prejuízo sem festa junina: ‘ninguém tem caixa para aguentar 3 meses parado’ - Imprima FM

Xand Avião prepara live de São João e lamenta prejuízo sem festa junina: ‘ninguém tem caixa para aguentar 3 meses parado’

Xand Avião tinha uma agenda com mais shows do que dias em junho. O cantor de forró teve que trocar 32 palcos e cachês por uma live e alguns patrocínios. “Nunca tinha ficado tão triste”, diz com um riso nervoso ao telefone.

A live de São João é uma tentativa de expulsar essa tristeza e manter a tradição tão importante pra ele pessoalmente e profissionalmente.

Ao G1, ele diz que, entre os projetos, têm ainda uma live em parceria com Wesley Safadão e o lançamento de um DVD com 10 músicas inéditas, misturando seu forró com o pagodão de Léo Santana e o pagodinho de Dilsinho.

Veja a entrevista de Xand Avião ao G1.

G1 – Como você se preparou para a live de São João?

Xand Avião – Esse negócio de live pegou a gente de surpresa. Essa agora é a que está dando mais trabalho. Mais até que um show normal, tô pra ficar doido aqui. Tem que ter um “que” a mais. Então está sendo mais elaborada, chamei um pessoal de Recife pra nos ajudar a montar, alugamos um espaço em Fortaleza, vai ser nossa maior live. Tive que preparar um repertório diferente das outras duas, senão o público vai embora. Vou trazer grandes nomes do forró que me inspiram, como Luiz Gonzaga, Dominguinhos e Elba Ramalho.

G1 – É uma equipe grande?

Xand Avião – Estamos usando um número de mínimo de pessoas. Aqui [em Fortaleza] já começou o relaxamento, a situação melhor. Mas tomamos cuidado.

G1 – Quantas pessoas vão participar da live?

Xand Avião – Comigo no palco são cinco pessoas. Para montar eu não mentir e dizer que são menos que oito. Mas eles vão montar e vão embora. Também não posso mentir, às vezes minha esposa vai comigo também, porque fico com saudade, mas só.

G1 – E como você tem sentido essa experiência? Qual é a parte mais difícil?

Xand Avião – Eu sinto falta do público cantando comigo. Essa é a parte mais difícil. Parece que estou cantando sozinho no banheiro. A primeira live foi mais para doações e porque as pessoas pediam. Fiz no deck da minha casa e consegui arrecadar R$ 400 mil e 400 toneladas de alimento. Eu não queria fazer porque tinha medo de não sair legal. Depois que o Gusttavo Lima fez, eu pensei “agora sim”. Fiquei com um norte da dele e quis fazer uma parecida parecida, mas não fiz porque minha casa é um décimo da casa dele.

G1 – O São João é uma data muito importante para vocês. Qual foi o impacto do cancelamento das festas?

Xand Avião – É meu melhor mês, teríamos 32 shows. Não ter São João foi um choque, nunca tinha ficado tao triste. É como se fosse o Carnaval pro carioca ou pro baiano.

Alguns setores conseguiram trabalhar, o nosso zerou 100%. Foi um prejuízo sem tamanho. Ninguém tem um fundo de caixa tão grande assim pra aguentar três meses parado. Tentamos segurar a equipe. Mas não vai voltar tão cedo, nosso trabalho é com aglomeração. Nem compensa montar uma estrutura pra pouca gente. Estamos vendendo o almoço pra comprar a janta.

G1 – As pessoas que trabalham para colocar as grandes festas de pé devem ter sentido ainda mais. Você tem contato com eles?

Xand Avião – Uma festa daquele tamanho tem o cara da iluminação, do som, os roadies. Parou tudo, em Caruaru, a quantidade de gente sem ganhar agora é grande. Tem gente que trabalha em junho e passa o ano inteiro vivendo daquilo. Na minha primeira live, eu fiz arrecadação para esses trabalhadores.

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